
A
ação do Ministério Público Federal em São Paulo contra o pastor Silas
Malafaia foi extinta pelo juiz federal Victorio Giuzio Neto, da 24ª Vara
Cível do estado. A procuradoria pedia que ele se retratasse por ter
emitido um discurso considerado homofóbico no programa "Vitória em
Cristo" – exibido pela TV Bandeirantes em horário comprado por ele – em
julho de 2011. "Não se poder tolher o direito à crítica na medida que
esta compõe exatamente o conteúdo da liberdade de manifestação e
expressão", diz o juiz. "Daí considerarmos que, sob o aspecto 'policial'
ou de 'censura' a questão envolve problemas práticos e jurídicos mas,
neste tema, o constituinte brasileiro teve o inegável desejo de sepultar
definitivamente a censura", justificou. Na ocasião, em que estava em
debate a proposta de lei para criminalizar a homofobia, o pastor falou
sobre a Marcha para Jesus e a Parada Gay. "Os caras na Parada Gay
ridicularizaram símbolos da Igreja Católica e ninguém fala nada. É para a
Igreja Católica 'entrar de pau' em cima desses caras, sabe? 'Baixar o
porrete' em cima pra esses caras aprender. É uma vergonha", afirmou o
pastor no programa. Segundo Giuzio Neto, o discurso “não pode ser
considerado como homofóbico” já que é possível “extrair do contexto uma
condenação dirigida mais à organização do evento – pelo maltrato do
emprego de imagens de santos da igreja católica – do que aos
homossexuais". A ação também havia sido movida contra a TV Bandeirantes,
pois o procurador considerou que a emissora devesse impedir que
mensagens homofóbicas fossem exibidas em sua programação. As informações
são da Folha Online.
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