Os moradores da pacata rua em Realengo, na Zona Oeste do Rio, onde o atirador Wellington Menezes morou por mais de 20 anos estão perplexos. Os vizinhos do rapaz o classificaram como uma pessoa sem amigos, estranha mas muito inteligente.
O ataque na escola é assunto único no bairro. Enquanto muitos tentam buscar explicação do que o motivou a atirar contra crianças, um vizinho, que não quis se identificar, disse que o atirador foi muito zombado durante a infância:
“O jeito estranho e esquisito dele. Na época da escola, as pessoas sacaneavam, botavam apelidos, principalmente sobre sua forma de andar vestido. As meninas eram as que mais zombavam dele”.
Uma outra vizinha conta que Wellington foi adotado com alguns dias de vida por um casal que já tinha outros cinco filhos. Ela se recorda da mãe adotiva do atirador comentar que ele tinha problemas de comportamento, e que, na infância, chegou a ser tratado por psicólogos.
Ainda de acordo com essa vizinha, o rapaz foi por muitos anos da religião Testemunha de Jeová, a mesma dos pais adotivos. “A mãe dizia que ele costumava bater a cabeça na parede e, depois de adulto, chegou a ameaçá-la de agressão”, lembrou ela.
O dono de um bar onde Wellington costumava parar para beber refrigerante revelou que o rapaz não consumia bebidas alcoólicas, sempre carregava livros e era aficionado por computadores e jogos. Nos últimos meses, no entanto, ele se assustou com o visual do atirador. “Ele estava de barba longa e trajava roupas pretas. Ele estava bem diferente. Parecia integrante de uma seita”, contou o conhecido.
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